Diagnóstico e Atendimento Psicopedagógico
O
psicopedagogo necessita fazer inicialmente a coleta de todos os dados
significativos do momento presente do seu cliente, já partindo da
queixa (eixo horizontal), bem como de sua história de vida, ou seja,
investigando o como foi se desenvolvendo desde o nascimento e
interagindo com o meio familiar, escolar e social (eixo vertical).
Partindo
dessa análise, primeiro sistema de hipóteses, o psicopedagogo terá
condições de investigar e verificar as estruturas e modalidades de
aprendizagem que o cliente construiu. Deverá então, escolher e fazer à
aplicação dos instrumentos de avaliação psicopedagógica mais indicados
para o caso.
Obtendo os
resultados da avaliação, o psicopedagogo terá condições de elencar o
segundo sistema de hipóteses, o qual permitirá a ele, fazer a proposta
de intervenção ao cliente e a devolução aos interessados (família e
escola), definindo o enquadramento do trabalho a ser realizado e o
possível prognóstico.
Acredito
que, partindo de hipóteses bem elaboradas, o psicopedagogo terá
subsídios significativos para também fazer psicopedagogicamente um
trabalho com qualidade.
A importância da Observação,
do Registro e da Parceria
No
movimento individual que se faz quanto á organização do pensamento,
produção de texto, deve-se esperar o que a criança está acreditando
estar certo para ela, mesmo que seja uma linha.
Temos que
deixar a criança à vontade e se as dúvidas aparecem, penso que não é no
momento do teste que deverão ser sanadas. Você observa, registra e
depois faz suas conclusões do que a criança está dominando para a sua
idade e série(ano) e o que você poderá estar realizando como
intervenção, os instrumentos facilitadores para aprendizagem, a
estimulação para a leitura e escrita. Com certeza, estará permitindo com
que a criança encontre o seu caminho para motivar-se a escrita e
leitura.
Apesar de
sua flexibilidade, convém salientar que a utilização do Método Clínico
está diretamente condicionada ao objetivo a que se propõe, qual seja o
de avaliar o desenvolvimento da inteligência. Como a cognição é
constituída por habilidades de diversas naturezas, é importante que o
examinador compreenda bem os conceitos envolvidos para definir
adequadamente o âmbito das perguntas a serem feitas. Por outro lado, é
também extremamente importante que ele registre as respostas do sujeito
da forma como ele as formulou, ficando atento para o processo de
pensamento que é explicitado pela linguagem.
O contato
com a família e com a escola, será muito importantes para averiguar se
há progressos e o que se espera dela enquanto construtora de
conhecimento. Os pais e o professor podem ser grandes aliados para o
trabalho psicopedagógico.
As propostas do lúdico na fase de coleta de dados no diagnóstico psicopedagógico clínico:
O jogo é
uma forma de aproximação e observação do cliente com o terapeuta, que
terá por conseguinte, a oportunidade de investigar pelo lúdico, as
características subjetivas do cliente, o qual poderá revelar o como está
processando a construção de sua ação sobre a realidade, demonstrando de
forma espontânea, dados relevantes sobre as modalidades de aprendizagem
que o mesmo possui. Com certeza dará indícios para um diagnóstico mais
apurado para o trabalho psicopedagógico clínico.
Passos para a elaboração
do diagnóstico psicopedagógico:
a)Deve-se
realizar o diagnóstico psicopedagógico clinico para averiguar e analisar
a modalidade de aprendizagem do cliente, correlacionando aspectos de
sua história pregressa e atual, bem como a estruturação de sua
aprendizagem.
b)Deverá
ter um tempo estipulado de seis a sete sessões e que contemple cada uma o
tempo de quarenta e cinco minutos, visando realizar:
1- Duas sessões para a fase de coleta de dados;
2-Três a Quatro sessões para a aplicação de instrumentos de avaliação psicopedagógica;
3- Uma sessão de devolução.
Modalidade de Aprendizagem
É o modo próprio e particular que cada ser humano tem para se apropriar/construir conhecimentos e de se relacionar com eles.
Sugestão: o
artigo Avaliação Psicopedagógica, elaborado pela Supervisora e
Terapeuta Psicopedagógica, Maria das Graças Sobral Griz, é uma boa
leitura para complemento e compreensão da modalidade de aprendizagem.
Anamnese
O
termo anamnese vem do grego Anámnesis, onde o prefixo aná” quer dizer
“trazer de novo” e“mnesis” quer dizer “memória”, ou seja, proceder a
anamnese é “trazer de novo à memória” importantese focais informações
sobre o histórico de vida do cliente. Cada área foca determinado aspecto
do desenvolvimento da pessoa, dependendo de sua abordagem ou interesse
científico.
A
ANAMNESE tem que ser realizada de forma acolhedora e que seja
significativa para quem vai se expor e para quem vai observar e
registrar os dados. Precisa-se perceber o clima e saber conduzir ou
contornar certas interpéries que por ventura ocorrerem.
O que
percebe-se como relevante e significativo é de que o entrevistador, no
caso o psicopedagogo, não venha a se interessar somente pelos dados de
quando... onde... porquê..., mas pelo COMO ocorreu tal situação...,
comportamento ... o COMO nos permite direcionar o trabalho
psicopedagógico para compreensão e auxilio quanto às modalidades de
aprendizagem do atendido.
Percebe-se
que todo psicopedagogo deve utilizar o bom senso, a lógica e a
coerência para aplicar os testes necesssários, conforme estiver o seu
cliente no processo de aprendizagem, respeitando a queixa inicial ao
mesmo.Com certeza,uma boa escuta e um bom olhar, são peças fundamentais
para o psicopedagogo se eximir de formular hipóteses equivocadas ou
insuficientes ao caso.
A anamnese
não tem tempo determinado para se encerrar durante o processo de
diagnóstico, pois desde a primeira sessão até a sessão que antecede a
devolutiva ou o parecer se realiza anamnese. Às vezes se faz de forma
explícita, quando se preenche o questionário; e às vezes se faz de forma
velada, quando se capta um ato falho mais significante sobre uma
determinada experiência.
Cabe ao Psicopedagogo:
-ter
consciência de que não são os resultados dos testes que confirmarão suas
hipóteses, mas seu ¨feeling¨, sua sensibilidade em interpretar tais
resultados;
-seu olhar dirigido para ver e compreender o sujeito que aprende, privilegiando a história, o contexto;
-sua intuição sobre a simples e crua realidade dos resultados.
Em
síntese, o psicopedagogo deve utilizar o bom senso, a lógica e a
coerência para aplicar os testes necesssários, conforme estiver o seu
cliente no processo de aprendizagem, respeitando a queixa inicial ao
mesmo.Com certeza,uma boa escuta e um bom olhar, são peças fundamentais
para se eximir de hipóteses equivocadas ou insuficientes ao caso. Ter
consciência de que não são os resultados dos testes que confirmarão suas
hipóteses, mas seu ¨feeling¨, sua sensibilidade em interpretar tais
resultados.
Aprendizagem X Transtornos + Distúrbios + Dificuldades
1- Estabeleça a diferença entre distúrbio, transtorno e dificuldade de aprendizagem:
É
preciso levar em consideração primeiramente sobre os estudos diversos
realizados sobre transtornos, distúrbios e dificuldades de aprendizagem
que são apresentados para consulta em livros, revistas, internet e
outros. Há várias tendências e até supostamente contradições quanto ao
conceito dos fatores que conduzem ao baixo rendimento ou nenhum em
relação à aprendizagem. Acredito que todos se assemelham, pois
envolvem o cérebro e o sistema nervoso central, que são, com certeza,
peças fundamentais para o desenvolvimento cognitvo, afetivo e social do
sujeito. Quando há lesões no cérebro, há a interferência e o
comprometimento para o aprendizado. Quando há o mau desenvolvimento do
sistema nervoso central, há o mau desempenho para o aprendizado.
Penso que os problemas para o aprender, em suma são considerados transtornos = distúrbios = dificuldades.
2-Procure
elencar e explicar diversos distúrbios de aprendizagem existentes,
descrevendo as áreas atingidas por lesões cerebrais:
São inúmeros, mas é possível falar um pouco sobre os mais comuns:
A - O mais divulgado é a dislexia, pode ser causada por fatores que vão desde hereditariedadeaté alterações nos cromossomos 6 e 15, alterações nos hemisférios cerebrais, passando pela anoxia perinatal, que pode causar a dislexia.
Portanto é distúrbio grave que precisa de avaliação e tratamento multidisciplinar ou
seja, envolvendo várias áreas e precisa deixar de ser banalizado como
ocorre agora, quando qualquer indivíduo que troque letras pode ser
diagnosticado como disléxico, sendo que a verdadeira dislexia não faz
trocar letras. O cérebro do disléxico não identifica nem codifica os
sinais gráficos que caracterizam as letras, portanto seu cérebro sequer
sabe o que vem a ser letra, por isso tanta dificuldade na aquisição da
leitura e escrita.
B- Disgrafia:
É a dificuldade ou ausência na aquisição da escrita. O indivíduo fala,
lê, mas não consegue transmitir informações visuais ao sistema motor,
resumindo lê, mas não escreve, além de ter graves problemas motores e de
equilíbrio. Na maioria dos casos, está ligado a distúrbios
neurológicos.
C- Desordem de déficit de atenção:
Geralmente não tem ligação com disfunções neurológicas e não deve ser
confundida com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, este
deve ser tratado pela psiquiatria. O DDA caracteriza-se por baixo
desempenho escolar, deficiência ou ausência de memória ou ainda tendo
aprendizado satisfatório, o indivíduo pode ser disperso, desatento, meio
alienado ou alternando hiperatividade com alienação. O Transtorno
difere-se porque o indivíduo está hiperativo 24 horas por dia. O
tratamento, entre outras atividades, inclui jogos de memória, xadrez,
ditados aliados a objetos, nunca só auditivos. O tratamento clínico é
multidisciplinar.
D- Discalculia: É
distúrbio neurológico com causas diversas, que envolve o orgânico e
psiconeurológico. Pode ser causada pelos fatores já descritos e
caracteriza-se pela dificuldade ou incapacidade para reconhecer e
codificar sinais numéricos/geométricos e total inabilidade para
quaisquer cálculos matemáticos. Neste caso, é preciso distinguir o
distúrbio das falhas do ensino, pois os métodos usados pela maioria das
escolas é totalmente ultrapassado e ineficaz.
E- Limitrofia:
Anomalia do sistema nervoso causada por anoxia perinatal ou síndromes
não identificadas. Caracteriza-se por dificuldades de concentração,
falta de equilíbrio e/ou coordenação motora, problemas de articulação
para fala e dificuldades na aquisição de leitura. Há também uma certa
alienação, por vezes o indivíduo parece se bastar a si mesmo, não se
relaciona com colegas, brinca sozinho e tem dificuldades em
expressar-se.
F- Existe um distúrbio pouco citado e estudado que é a hiperlexia,
contrário da dislexia: Crianças com aprendizado acelerado de
leitura/escrita, podem até se auto alfabetizar e tornarem-se auto
didatas, com excelente memória e capacidade para cálculos complicados.
No entanto, quase sempre são hiperativas, têm dificuldades de
relacionamentos, abandonam a escola tradicional muito cedo por não
adaptarem-se aos métodos usados, têm mais facilidade no aprendizado
cinestésico (experimentação) e apresentam impaciência, impulsividade,
agressividade, incapacidade para prestar atenção a qualquer ensinamento.
Ao contrário do que os pais imaginam, terem produzido um gênio, devem
conscientizar-se de que este tipo de criança precisa de tratamento tanto
quanto a criança disléxica.
G- Afasia é
perda parcial ou total da capacidade de linguagem, de causa neurológica
central decorrentes de AVC(Acidente Vascular Central), lesões nas áreas
da fala e linguagem. Só se tem afasia quando há comprometimento do
hemisfério cerebral esquerdo,pois a área da linguagem encontra-se
somente no lado esquerdo. Afasia motora de Brockat (não consegue falar
porém escreve).Afasia de compreensão (consegue falar a palavra mas não
lhe atribui um sentido, um significado).Afasia de expressão de Wernes (a
palavra está no registro mas não consegue articulá-la).
H- Dadilalia é
fala muito lenta. Apresenta-se em quadros funcionais do Sistema
Nervoso, associados à deficiência mental ou a quadros de distúrbio
funcional sem deficiência (nas dificuldades de desenvolvimento –
hiperatividade).
I- Disfasia é fala atrapalhada, onde o ritmo é prejudicado. O fonema é pronunciado de forma truncada, sem compreender o sentido.
J- Dislalia é a troca de letras, mas entende-se o sentido.
L- Anusia é
o distúrbio funcional entre o equilíbrio do sistema piramidal que
localiza-se no lobo temporal com os núcleos da base(audição e cerebelo).
Tem dificuldade em adquirir ritmo, tendo com isso dificuldade na
aquisição da leitura
Descreva as áreas atingidas por lesões cerebrais que prejudicam a aprendizagem:
As
áreas atingidas por lesões cerebrais que prejudicam a aprendizagem
referem-se às áreas dos lobos frontais, temporais, parietais e
occipitais. Nos últimos 10 anos cresceu muito o interesse pelas funções
do lobo frontal. É nesta parte do cérebro que se encontra a diferença
entre os seres humanos e seus antepassados na evolução. Apesar de serem
as maiores partes do cérebro humano, o lobo frontal direito e esquerdo
é também um local misterioso e desconhecido até recentemente. Agora se
sabe que é no lobo frontal que se situam as habilidades humanas mais
complexas, como o planejamento de ações seqüenciais, a padronização de
comportamentos sociais e motores, parte do comportamento automático
emocional e da memória.O pensamento abstrato também fica no lobo
frontal.Os lobos frontais que amadurecem mais lentamente podem provocar
alterações tanto à memória como às funções de planejamento.Quando os
hemisférios direito e esquerdo do cérebro são cotejados com a
recuperação de pacientes lesados na infância, há considerações
importantes a fazer. Por um lado, se sabe que um paciente com uma lesão
do hemisfério esquerdo, responsável pela linguagem, pode compensar suas
perdas lingüísticas por intermédio do hemisfério direito. A plasticidade
funcional acarreta esta recuperação. Apesar desta compensação no plano
lingüístico, o paciente poderá a apresentar problemas de ordem espacial.
A explicação para este fato é que, ao compensar a função da linguagem, o
hemisfério direito, responsável pelas relações espaciais, não
apresentará mais condições de bem desempenha-las, uma vez que se ocupou
de outras tarefas. Diferentemente das outras regiões do cérebro,os lobos
frontais impressionam pela complexidade de sua anatomia. Ocupando mais
de um terço do córtex cerebral humano, apresentam diversas unidades
anatômicas que mantêm conexões distintas com todas as regiões corticais e
subcorticais do sistema nervoso, bem como relações de reciprocidade
entre estas regiões. Algumas destas conexões se dão com outras
estruturas do neocórtex através de aferências e eferências das áreas
associativas dos lobos temporais, parietais e occipitais, sobretudo com
as áreas de convergência multimodal. Há também conexões com a região
pré-motora e dessa forma, com o córtex motor. Encontram-se, também
conexões de grande importância com o córtex límbico do giro do ângulo e
com as estruturas subcorticais límbicas e motoras. Além das conexões
subcorticais com o hipotálamo, amígdala, hipocampo, tálamo e outras
regiões, os lobos frontais recebem projeções do córtex visual,
auditivo, sômato-sensorial e olfatório. Destacam-se também as projeções
intracorticais do lobo frontal. Assim, a função frontal representa um
papel de integração da atividade mental, bem como do controle da
atenção. Está envolvida com o planejamento e com as habilidades sociais,
o que é facilmente percebido nas lesões desta área, as quais se
associam, muito freqüentemente, a comportamentos despidos de
responsabilidade e socialmente grosseiros. Atualmente a integração
frontal com outras partes do cérebro tem sido mais pesquisada sob outros
ângulos. Lockwood revela que as funções cognitivas específicas e de
alto nível, revelam, genericamente falando: compreensão e pensamento,
são geralmente atribuídas aos lobos temporais e parietais, uma vez que o
hemisfério esquerdo, especialmente certas regiões da fronteira
têmporo-parietal, é tido como responsável pela linguagem. Por sua vez,
as áreas correspondentes no hemisfério direito parecem principalmente
relacionadas às tarefas visuais e viso-espaciais.
O professor necessita ter uma atuação frente a um aluno diferente. Quais deveriam ser suas ações?
As ações de um professor frente a um aluno diferente poderiam ser:
Ø respeitar as dificuldades do aluno e seu ritmo de aprendizagem;
Ø evitar expor a criança aos demais colegas em situações de competição, encenações,
leitura ou escrita, quando este apresentar dificuldade para ler ou escrever;
Ø evitar comparações com os alunos que não apresentam dificuldades para aprender;
Ø evitar que os alunos ou o próprio professor criem rótulos, conforme a dificuldade do aluno;
Ø conversar
muito com o aluno e expor que toda dificuldade apresentada pode ser
superada e que ele, professor, está para auxiliá-lo durante todo as
aulas;
Ø valorizar o que o aluno sabe para elevar a sua auto-estima e acreditar que pode aprender;
Ø apresentar vários estímulos para que o aluno encontre o melhor caminho para o seu aprendizado;
Ø variar as técnicas usando muito criatividade(a didática) para ensinar o aluno;
Ø observar muito o aluno em sala;
Ø solicitar
encaminhamento aos pais ou aos especialistas da escola
(orientador,supervisor) para outros profissionais que forem necessários;
Ø estar em contato constante com os pais;
Ø amar o que faz para criar vínculo positivo com o aluno.
Uma atitude bastante positiva é integrar-se à vida escolar da criança, acompanhando as lições de casa, atividades, aliás esta deve ser a atitude correta de qualquer pai ou mãe, independente de apresentarem distúrbios. E sempre deixando claro que também tiveram dificuldades quando pequenos, que ninguém nasce sabendo e que, com um pouco de esforço, é possível acompanhar os ensinamentos na escola e na vida. A família deve ainda dar atenção ao indivíduo com distúrbio sem sufocá-lo, sem esquecer-se de outros membros da família. Viver em comunhão de forma que todos apóiem todos e nunca tratando o indivíduo com distúrbio de aprendizagem como se fosse um deficiente inútil, primeiro porque estes distúrbios não são impedimentos para uma vida normal, segundo porque nem os deficientes graves devem ser tratados como inúteis. Cabe à família integrar o indivíduo ao máximo dentro e fora de casa, pois é um indivíduo normal, apenas tem dificuldade em um ou outro segmento da aprendizagem. Ao invés de se lamentar, a melhor forma de administrar é incentiva-lo às artes e esportes que, além de auxiliá-lo no desenvolvimento de coordenação motora e no aprendizado de forma geral, ainda abrirão possibilidades de carreiras.
(...)
Os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem as causas
físicas ou psicológicas, nem análise das conjunturas sociais. É preciso
compreedê-los a partir de um enfoque multidimensional que almagame
fatores orgânicos cognitivos, afetivos, sociais, tanto quanto a análise,
as ações sobre os problemas de aprendizagem devem
inserir-se num movimento mais amplo de luta pela transformação da sociedade.
Acredito que há uma chance para todos enquanto seres humanos. Acredito que aonde há vida, há uma uma razão para existir.
Acredito
que independente de fatores intrínsicos ou extrínsicos ao ser humano,
há uma chance de vida, há o que fazer, o que aprender para si mesmo e
para compartilhar com o outro. Vivemos em sociedade. Vivemos com
diferenças. Vivemos com a certeza que todos sabemos algo e que podemos
fazer algo bem feito. Acredito que a educação deve sempre investir em
seus profissionais para auxiliar no desenvolvimento e crescimento do
aluno e que possa possibilitar cada vez mais o seu próprio aprendizado
com prazer, com descoberta, com motivação, com superação e que vale a
pena acreditar em si e no outro. Que pode-se construir um caminho mais
ampliado de recursos e de muita vontade para viver de bem consigo mesmo
e com o outro. Que se pode encontrar alternativas para quem ensina e
para quem aprende, fazer da escola um lugar de prazer em aprender e
viver, que a vida sempre nos leva a aprender, com ou sem problemas. E
ressalto que as palavras abaixo descritas formam uma bela mensagem para
cada um de nós e é uma bela resposta para o questionamento acima:
"O ser
humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do
resto do universo que o cerca - uma espécie de ilusão de ótica de sua
consciência, moldado pela cultura. E essa ilusão é um tipo de prisão que
nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por
pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa
prisão, ampliando nosso círculo de compaixão, para que ele abranja
todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Poderá ser que
ninguém consiga atingir plenamente esse objetivo, mas lutar pela sua
realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa
segurança interior". (Albert Einstein)
(Trabalho Acadêmico em Psicopedagogia)
Rosangela Lucineia Scheuer Vali
Joinville / Setembro de 2000



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